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Fluorescência de Raios X

  • Marcos Vinicius Lourenço Berardinelli
  • 24 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de jan. de 2022


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(Análise de uma pastilha prensada por fluorescência de raios-x, dados brutos - Aurhora Análises)

No ano de 1895, um físico alemão chamado Wilhelm Conrad Roentgen descobriu a existência dos raios X enquanto trabalhava com tubos de raios catódicos (os mesmos que tinham naquelas TVs de tubo antigamente) no seu laboratório. Ele percebeu que, ao colocar sua mão na frente de uma certa luz, que começou a ser emitida durante o experimento, a silhueta dos seus ossos era exposta numa tela. Poucos anos depois, Wilhem foi laureado com o primeiro Nobel de Física, em 1901, pela descoberta dos raios X.

Assim aconteceu a descoberta do raio X, uma radiação eletromagnética, assim como a luz visível também é, porém com uma frequência mais alta e, portanto, com mais energia. Deste modo foram criados também os exames de raio X, que criam imagens baseadas na transmitância dos raios X e não da fluorescência, e são utilizados diariamente na medicina para a realização de diagnósticos por imagens. Com esse exame podem ser diagnosticadas desde fraturas até doenças pulmonares e câncer de mama.

Para gerar os raios X, basicamente o que acontece é o fornecimento de energia elétrica para um catodo, gerando um fluxo de elétrons que atingem um ânodo ou uma placa de metal. Quando esses elétrons colidem com o alvo, eles perdem uma parte da energia recebida pela diferença de potencial aplicada no. Essa energia perdida, quando a tensão utilizada no catodo for suficientemente alta, é dada em forma de raios X.

Atualmente, existem técnicas analíticas que utilizam dessa radiação para realizarem suas respectivas análises, como é o caso da difratometria de raio X, muito utilizada na área de mineralogia para estimar a estrutura cristalina de minérios, e da fluorescência de raios X, utilizada na área de análise elementar em química, biologia, meio ambiente e ciência dos materiais.

A espectrometria de fluorescência de raios X (FRX) é uma técnica nuclear, multielementar, não destrutiva e que permite analisar amostras tanto qualitativamente, como quantitativamente. Essa técnica se baseia na incidência de raios X numa amostra que, ao absorver essa energia, os elementos presentes nela emitirão uma fluorescência característica deles, sendo assim detectados e relacionando sua quantidade na amostra com a intensidade da resposta no aparelho. Como cada elemento químico possui uma radiação única, é possível analisar e quantificar as composições químicas de diversas amostras de uma maneira muito rápida. A FRX não é perigosa, visto que toda a análise ocorre em uma câmara fechada com apenas a amostra dentro, sendo segura, dado que a câmara possui uma trava de fechamento e o equipamento só começa a funcionar com a trava fechada. Porém existem aparelhos portáteis, as ‘pistolas’ de raio X, que não possuem essa câmara fechada, se utilizadas incorretamente podem acabar ocasionando danos aos seus usuários e aos arredores.

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